Jogos Indígenas: Competição celebra o orgulho de ser índio

Criado em 1996, os Jogos dos Povos Indígenas se estabeleceram como um importante espaço de encontro e celebração da cultura indígena no Brasil. Realizado de dois anos, a ultima edição foi em 2013, em Cuiabá, e recebeu cerca de 1.200 índios, alguns vindos de outros países. As provas do torneio são inspiradas nas práticas comuns da cultura indígena: disputa de arco e flecha, o Jikunahaty – jogo em que a bola só pode ser tocada com a cabeça, além do futebol mais tradicional.

Melissa Mõngé, uma das organizadoras, explica que os Jogos são um momento de celebração e comunhão entre os indígenas no Brasil. “Levamos muito a sério o lema ‘o importante é competir’. Ganhar os jogos, receber medalhas de ouro não é o que motiva a participação das diferente etnias. Se encontrar e celebrar nossa história e tradições é o centro de tudo ”. Além das competições, há espaços para fóruns, apresentações culturais e discussões sobre política e orientações sobre cuidados com a saúde.

O “futebol do brancos”, jogado no onze contra onze, com juiz e regras é uma das modalidades com bastante procura e não são só os homens que jogam, as mulheres também formam seus times e competem. Já o Jikunahaty, precisa de uma preparação diferente do futebol mais ‘comum’: os campos são enchidos de areia, para facilitar que os jogadores se joguem no chão, sem machucar, e a bola artesanal é feita com um material elástico para garantir que pule bastante.

Em 2015, em Palmas-Tocantis, Melissa comenta que os jogos terão uma dimensão internacional. Ela conta que aproximadamente “50 países virão para o Brasil participar dos jogos”, o que representa um fortalecimento dos jogos é a importância de se criar e fortalecer a articulação entre os povos indígenas.

Deixe uma resposta

Desenvolvido com WordPress | site criado pela